Download AZBox como funciona o decodificador mais polêmico do Brasil GrátisEm tempos de SOPA, muitas pessoas vêm buscando meios alternativos para obter conteúdo
ilegal. As restrições na web aumentam a cada dia, por isso muitos consumidores cogitam a
possibilidade de investir em aparelhos piratas para ter acesso aos pacotes especiais das
emissoras de televisão por assinatura.
A ideia não é nova, aliás, já faz tempo que existem dispositivos para desbloqueio de canais
pagos. Contudo, de uns tempos para cá, o assunto popularizou-se de uma forma incrível.
Nomes como AZBox, Lexuz Box e AZ-America vêm ganhando destaque. Esses receptores oferecem
facilidades para realizar a liberação dos canais de TV a cabo.
AZBox: como funciona o decodificador mais polêmico do Brasil? (Fonte da imagem:
Divulgação/AZBox)
Mas, afinal, como funciona um AZBox? É legal utilizar produtos com tal funcionalidade? O
que os consumidores que possuem tais aparelhos alegam? Tudo isso e muito mais é o que vamos
abordar neste artigo especial que visa sanar todas as suas dúvidas.
Canais pagos com gambiarra
Antes de explicarmos o funcionamento de um AZBox, vale uma pequena introdução ao modo de
atuação de um receptor homologado pelas operadoras. Abaixo, simplificamos em alguns passos
como ocorre o processo entre a transmissão do canal e a decodificação no dispositivo que é
instalado na casa do assinante, confira:
A emissora transmite todos os canais para todos os assinantes;
O aparelho recebe o sinal através de satélite, cabo ou antena (MMDS);
A transmissão da operadora vem com algumas chaves secretas, as quais servem para
identificar o tipo de pacote contratado pelo assinante;
Um cartão instalado dentro do decodificador possui códigos que vão permitir o desbloqueio
apenas dos canais adquiridos;
Depois de validar informações com a operadora, o dispositivo vai liberar o conteúdo do
pacote.
AZBox: como funciona o decodificador mais polêmico do Brasil? (Fonte da imagem:
Divulgação/Céu )
Os aparelhos AZBox funcionam de maneira semelhante, porém, algumas etapas são bem
diferentes. Antes de mais nada, vale salientar que o esse produto funciona apenas com
transmissões de satélite – os dispositivos similares servem para outros tipos de sinais.
Veja no esquema abaixo como este decodificador desbloqueia os canais pagos:
Depois de instalar aparelho e a parabólica, o sinal chega até a casa da pessoa normalmente;
O AZBox verifica o tipo de transmissão que está entrando pelo cabo RF;
Nesta etapa, o dispositivo precisa de dois “programas”. Na realidade, esses softwares são
códigos para que o receptor consiga interpretar as chaves secretas da TV por assinatura. O
primeiro serve para sintonizar os canais, e o segundo para destravá-los;
Se os códigos do produto estiverem desatualizados, então o decodificador vai apresentar
mensagens como “Canal codificado” ou “Sem sinal”. Do contrário, tudo vai “florir”
perfeitamente;
Diferente dos aparelhos homologados, o AZBox não precisa realizar uma autenticação com a
operadora, o que facilita o desbloqueio dos canais.
AZBox: como funciona o decodificador mais polêmico do Brasil? (Fonte da imagem:
Divulgação/Céu )
No caso do Lexuz Box, que é um receptor voltado para desbloqueio da n3t, o processo é um
pouco diferente. Como o sinal é transmitido via cabo, a pessoa que usa o aparelho pirata
precisa contratar pelo menos o serviço mais básico da operadora. Depois de adquirir um
plano, basta substituir o dispositivo original pelo alternativo.
Gírias especiais e atualização dos códigos
Se você reparou bem na explicação acima, deve ter percebido que utilizamos a palavra
“florir” como sinônimo de desbloqueio dos canais. Ocorre que os códigos dos aparelhos
AZBox, Lexuz Box e Az-America não funcionam para sempre. De vez em quando, as operadoras
trocam todos os códigos secretos para diminuir o número de receptores ilegais captando o
sinal.
Quando isso acontece, os proprietários dos dispositivos piratas precisam encontrar novos
firmwares na internet. Os programinhas de desbloqueio nem sempre são disponibilizados de
imediato, pois tudo depende da boa vontade de alguns experts para encontrar as novas chaves
secretas.
AZBox: como funciona o decodificador mais polêmico do Brasil?Céu , também conhecida como Céu
(Fonte da imagem: Divulgação/Céu )
Para evitar que os fóruns, órgãos governamentais e operadoras de TV por assinatura
identifiquem com facilidade as postagens com os códigos secretos, os piratas usam algumas
gírias para se comunicar e, consequentemente, evitar o bloqueio das mensagens. Veja alguns
dos principais termos usados pelas pessoas que usam TV a cabo ilegalmente.
Florir = Liberar canal
Adubo = Código de desbloqueio
Jardim = Todos os canais
Flores = Canais
Céu = Operadora de TV Céu
BET = Operadora de TV n3t
F90 = Nome dado a um dos aparelhos Lexuz Box
Dito tudo isso, é provável que você esteja curioso quanto à atualização dos receptores. A
grande maioria dos decodificadores alternativos conta com porta USB. Assim, tudo que o
pirata precisa fazer é baixar um firmware atualizado de algum fórum, copiá-lo para um
pendrive e, então, conectar o dispositivo ao AZBox. Em nossas pesquisas, vimos diversos
relatos de que a instalação dos códigos é muito rápida e automática.
Afinal, é ilegal?
Na tentativa de se isentar de culpa, os piratas apelam para uma desculpa que segue certa
lógica. O papo começa justamente pelo modo como o sinal chega até a casa das pessoas. Em
pequenas visitas a fóruns, pudemos perceber que as pessoas dizem não ter qualquer culpa
pelo sinal estar circulando no “espaço público”. cloro, falamos aqui da pirataria de sinais
por satélite e antena, pois através de cabo existe a necessidade de contratar um serviço
básico.
Os piratas alegam que o aparelho é produzido legalmente por empresas europeias, o que é
deveras verdade. Contudo, poucos sabem que a aquisição desses dispositivos é considerada
como crime de receptação de mercadoria ilegal. Caso a pessoa seja pega com um decodificador
desses, ela pode ficar em detenção por até um ano.
AZBox: como funciona o decodificador mais polêmico do Brasil?Ampliar (Fonte da imagem:
Divulgação/AZBox)
Existe ainda o problema de acessar a conteúdo com direito autoral. As pessoas não se
importam com isso, pois afirmam que obtêm os códigos na web, não efetuando a transferência
de arquivos com proprietários para seus computadores. Todavia, vale salientar que usar TV
por assinatura sem pagar os devidos valores pode ser considerado como crime de violação de
direito autoral.
Apesar de todas essas considerações, as pessoas usam aparelhos piratas de qualquer forma,
pois não é tão simples apreender um dispositivo ilegal. Primeiro que a justiça teria de
investigar cada uma das casas com satélites ou antenas. Segundo que seria necessário obter
mandados para todas as residências que sofressem inspeção. Como fazer isso? Impossível. Não
há meios, tampouco funcionários suficientes, para realizar as autuações.
De quem é a culpa?
Quando o assunto é pirataria, fica difícil identificar culpados e quais os reais motivos
que levam tantas pessoas a optar pela ilegalidade. Muitos consumidores alegam que usam
decodificadores alternativos por conta dos altos preços cobrados pelas operadoras de
televisão por assinatura.
Outros preferem dar uma desculpa brasileira e afirmam que não faz sentido pagar por algo
que pode ser obtido de graça. A mesma justificava de tantas pessoas que baixam conteúdos
ilegais da web e usam softwares piratas.
AZBox: como funciona o decodificador mais polêmico do Brasil?É fácil encontrar o firmware e
os códigos… (Fonte da imagem: Reprodução/AZ America)
Entretanto, a culpa da pirataria rolar solta não é necessariamente das pessoas que usam
esses aparelhos. Alguns profissionais de telecomunicações veem o outro lado da moeda,
jogando a responsabilidade para as operadoras, relatando que as empresas deveriam investir
em segurança reforçada e métodos de autenticação mais eficientes.
Por último, o governo leva uma parte da culpa, justamente por não barrar de uma vez por
todas a comercialização dos receptores. Apesar de estar proibida a entrada desses produtos
no Brasil, a fiscalização não parece ser muito eficiente, sendo possível encontrar
vendedores em todos os cantos da internet.
Os verdadeiros criminosos
Se não for ilegal, usar aparelhos piratas é no mínimo imoral. Contudo, as pessoas que
“roubam” os canais pagos não cometem crimes tão horrendos. No ramo da pirataria de TV a
cabo, os principais vilões são os malandros que cobram para liberar os códigos ou que
muitas vezes criam um sistema para que as pessoas sejam dependentes da compra de novas
atualizações.
AZBox: como funciona o decodificador mais polêmico do Brasil?
Esses sujeitos são os da pior espécie, visto que eles lucram em cima de um serviço ao qual
eles não têm qualquer direito. Alguns criminosos oferecem cartões e decodificadores
homologados, criando uma rede de clientes que pagam valores mais baixos que os da
operadora, mas enganando as pessoas com uma TV a cabo que é muito suja e ilegal.
Será que compensa?
Aparelhos como AZBox vêm ganhando muito espaço no mercado, porém, ao mesmo tempo, eles
estão cada vez mais na mira das companhias. Para piorar a situação, os preços das TVs por
assinatura não baixam, visto que o número de piratas aumenta cada dia mais e, no fim, quem
paga tudo é o cliente honesto que adquiriu um pacote devidamente regulamentado.
E mais, o que muitos não veem é que se todos usarem dispositivos piratas, o serviço deixa
de existir. Além disso, algumas pessoas não pensam que um número maior de clientes poderia
baixar os valores. Isso sem contar na facilidade que a aquisição legal gera, visto que não
é necessário explorar o submundo da web para encontrar códigos de desbloqueio ou até ficar
na mão de salafrários.
AZBox: como funciona o decodificador mais polêmico do Brasil?
cloro, devemos considerar que os lucros dessas empresas parecem ser absurdamente altos,
além de que os planos oferecidos não agradam a todos. Talvez criar pacotes totalmente
personalizados seria uma atitude lógica, pois cada um contrataria apenas o que é do seu
interesse. Porém, nada é do jeito que o consumidor espera. Torçamos pela chegada dos
serviços de TV por streaming.